Alejandro Brittes desenvolve método de ensino de acordeon inédito no Brasil, a partir do sistema Gonzales.

 Conhecido como Sistema Argentino, o sistema Gonzalez terá seu primeiro livro e plataforma de ensino desenvolvido no Brasil pelo acordeonista chamamecero Alejandro Brittes.

Foto: Fabricio Simões


Com mais de 30 anos de estudo e aperfeiçoamento em acordeón, o músico argentino radicado no Brasil Alejandro Brittes acaba de organizar uma metodologia inédita sobre o Sistema Gonzáles para o ensino da técnica do instrumento. Ele lança, agora, um livro e um curso online, contendo técnica de acordeón. O material é desenvolvido para as duas principais afinações deste Sistema; Ré/Sol e Sol/Dó. Ambos possuem Escalas, Terças, Sextas, Acordes, Arpejos e dicas preciosas. 

Brittes é adepto ao Sistema González desde o princípio de seus estudos. Seu primeiro instrumento, presente do acordeonista Fito Ledesma, foi adaptado pelo próprio Roque González a pedido de Fito Ledesma, Manuel Zbinden e Nini Flores.

“A inquietude de criar um material sobre o Sistema de acordeón Gonzaléz me acompanha há muito tempo. Lembro-me de quando comecei a estudar a técnica com o maestro Nini Flores antes de sua partida para a França e o quanto me fazia falta ter em mãos um “manual” de como seguir em frente com meu instrumento...Inclusive, antes de seu desaparecimento físico, estávamos pensando em criar juntos um livro”, comenta Brittes.

O livro foi desenvolvido e pensado para os acordeonistas que não lêem partituras e nem Cifrado Harmônico, e o mesmo conteúdo, está disponível também em partituras. Assim, atende iniciantes e experientes no Sistema González. A metodologia busca facilitar e garantir que o acordeonista tenha ferramentas para aproveitar ao máximo todo o potencial do seu instrumento.

Os instrumentistas que tocam acordeón “Verdulera” (duas carreiras) podem se beneficiar do material, visto que Roque Librado González, criador deste Sistema, inseriu a partir de um acordeón de duas hillheras uma terceira carreira, permitindo que os acordeões tenham cromatismo podendo esses ser tocados em todas as tonalidades musicais.

“Nessas três décadas de estudo, desenvolvi uma técnica autoral de executar as escalas, as terceiras, as sextas, etc. A metodologia aplicada no material, busca facilitar e garantir que o acordeonista aproveite ao máximo todo o potencial do seu instrumento para que ele tenha o melhor resultado possível", explica.

“Percebo que o desenho criado pelo acordeonista Roque Librado González está em sua plenitude criativa, vale dizer que está em desenvolvimento constante. Assim, o livro e o curso são um pequeno aporte pessoal ao Método, auxiliando o acordeonista adepto ao Sistema Gonzaléz a trilhar seu caminho como instrumentista.”

O objetivo é facilitar o acordeonista adepto a este desenho, no entendimento da lógica e digitação, pois devido sua tenra idade, o Sistema Gonzaléz é um método moldável na forma de aplicar a técnica musical.

Ao adquirir o livro e curso, o inscrito terá acesso a um grupo de apoio exclusivo. O conteúdo é vitalício e, na conclusão, o participante recebe Certificado.


Para quem: Acordeonistas adeptos ao Sistema González e também para aqueles que tocam Verdulera/Gaita ponto.



 

SOBRE ALEJANDRO BRITTES


Acordeonista, compositor, pesquisador e intérprete de música do litoral Argentino com nove discos gravados. Estudou música acadêmica na Escola Juan Pedro Esnaola, possui 30 anos de difusão do Chamamé pelo mundo apresentando-se em vários países como: Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Portugal, Espanha, França, Itália, Áustria, Alemanha e República Tcheca.

Venceu como melhor instrumentista o festival de Cosquin em 1996 com uma música autoral. Ganhou o prêmio Revelação da música Ramallo Porá e o prêmio Carlos Keen como melhor instrumentista e grupo musical e no mesmo ano, em 1996, venceu o Festival Nacional del Chamamé de Federal, Entre Ríos (AR) e o prêmio Açorianos de música 2022 com o álbum (L)ESTE na categoria de melhor arranjo. 

Pesquisa as origens musicais do ritmo Chamamé, preocupando-se com a identidade do gênero, devido a isso, em 2021 publica o Livro bilíngue: “A origem do Chamamé” junto com a historiadora e produtora cultural Magali de Rossi sendo este um dos mais vendidos na Amazon Brasil na categoria artes daquele ano.

Realizou turnês com artistas como: Chango Spasiuk, Raúl Barboza, Os Fagundes, Elton Saldanha e Shows com nomes brasileiros como Luiza Possi. Como solista, tocou com a Orquestra Sinfônica de Mato Grosso do Sul e Orquestra de Câmara Versatellis.

Gravou com nomes argentinos como o grupo de rock “Los Piojos” nos álbuns “ Tercer Arco” e “Azul” nas músicas “Todo Pasa”, “Don't say tomorrow”, “Vals inicial” e “Y qué más” e com Luiza Calcumil, Raúl Barboza, Antonio Ríos, dentro outros. 

Em 2023, tornou-se o primeiro acordeonista chamamecero a tocar na Library of Congress, Edifício Thomas Jefferson - Auditório Coolidge em na capital dos EUA, Washington D.C e palestrar sobre o Chamamé em universidades de excelência em pesquisas musicológicas como Georgetown University em Washington, D.C. e George Mason University em Fairfax, VA. 

Conceituado pelo Norte Americano Mark Brill, PHD em música da Universidade do Texas - EUA, no livro “Music of Latin America and the Caribbean”, como um dos três principais acordeonistas do gênero.


Assista o concerto (L)ESTE:



Escute o Álbum: 



Veja os clipes: 



Dona Flor Comunicação

Raphaela Donaduce Flores | jornalista 

raphaela@donaflorcomunicacao.com.br 

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