A luz foi cortada, mas o Rock And Roll não parou.
"A cultura é a única riqueza que os tiranos não podem confiscar."
Émile Zola.
Émile Zola.
Shopping Total, domingo, 13 de outubro de 2024, um domingo até então, "normal" na capital dos gaúchos.
Fomos todos testemunhas de um episódio no mínimo revoltante! Durante o show de Marcelo Gross, o talentoso guitarrista da Cachorro Grande, o palco teve a energia CORTADA sem qualquer aviso prévio. Um ato de total desrespeito não apenas com o artista, mas com todos os fãs, expositores e organizadores presentes.
As informações que surgiram após o ocorrido apontam que a polícia foi acionada durante a tarde, supostamente devido a reclamações de funcionários do Ministério Público que residem no prédio em frente ao estacionamento.
Vamos falar sério: um show devidamente autorizado, com toda a documentação e alvarás em dia, é interrompido porque alguns poucos se sentem incomodados? O Shopping Total fez tudo conforme manda a lei, com início do evento pontualmente às 19h45, e ainda assim, às 20h40, tivemos a energia do palco DESLIGADA. Sim, isso mesmo, desligaram a energia em um ato arbitrário e inacreditável.
Isso levanta a pergunta que todos estão se fazendo: estamos diante de um ABUSO DE PODER? Como é possível que, em pleno século 21, em uma capital cultural como Porto Alegre, algo tão autoritário e vexatório aconteça? Onde está a tão proclamada liberdade de expressão que políticos adoram defender em época de eleição? Como podemos falar em democracia quando um evento cultural, que respeita todas as normas, é interrompido dessa maneira?
O que vimos ontem foi um ataque não só ao rock, mas à cultura, à liberdade e àqueles que acreditam em uma sociedade onde todos têm o direito de se expressar e se divertir. Eventos como esse vão além de simples entretenimento: são pontos de encontro, espaços de trocas culturais, de disseminação de ideias e conhecimento. Não é apenas sobre música, é sobre manter vivas as expressões artísticas e culturais que alimentam a alma de uma cidade.
Esses eventos geram economia, movimentam bares, restaurantes, expositores, e artistas locais. Eles criam oportunidades de interação, propiciam a troca de experiências, e são uma parte essencial da engrenagem social e econômica. Além disso, eventos culturais como este são fundamentais para a formação de identidade e memória coletiva, elementos que dão sentido ao convívio em sociedade. Ao impedir a continuidade de um show assim, o que se está atacando é o direito à expressão e à construção de uma vida cultural ativa.
Será que chegamos a um ponto onde o poder de poucos pode calar a voz de muitos? Parece que sim. O público foi desrespeitado, os expositores e organizadores foram lesados, e o que ficou foi a sensação amarga de impotência.
Se continuarmos aceitando esse tipo de comportamento autoritário, como podemos esperar algum tipo de prosperidade ou avanço na sociedade? O rock and roll sempre foi, e sempre será, sobre liberdade, e não podemos permitir que essa liberdade seja esmagada por interesses obscuros ou abusos de poder. Rock and roll é para quem MERECE, e no último domingo, nós merecíamos muito mais do que isso!
"Quando o Rock parou: Repúdio ao corte de energia que Calou o Som".
Comentários
Postar um comentário