Quatro décadas de Living Colour: banda traz turnê comemorativa a Porto Alegre
Quatro homens negros colocando a versatilidade da black music a serviço do rock. Se isso pode ser considerado um feito nos dias de hoje, imagine há 40 anos, quando o Living Colour surgiu misturando rock clássico, metal, funk, jazz e hip-hop de forma única. Mas o grupo não precisa viver do passado, pois segue ativo no presente, mostrando que ainda tem potencial para inovar e disposição para apresentar ao vivo sua fórmula sonora que marcou gerações.
O público gaúcho recebe a oportunidade de comprovar isso em 26 de fevereiro de 2026, quando o quarteto de Nova Iorque se apresenta em Porto Alegre, no Opinião (José do Patrocínio, 834), em evento que começa às 19h.
O show na capital gaúcha integra a turnê que celebra as quatro décadas, e tem um repertório que passeia por toda a carreira do conjunto – dos clássicos como ‘Cult of Personality’, ‘Love Rears Its Ugly Head’, ‘Glamour Boys’ e ‘Type’ às surpresas que reafirmam a vitalidade artística da banda.
O espetáculo contempla uma experiência intensa, com som de alta qualidade, iluminação impactante e a energia inconfundível de quatro músicos que continuam a inspirar e desafiar convenções.
40 ANOS DE GROOVE E RIFFS
Formado em Nova Iorque, em 1984, pelo guitarrista Vernon Reid, o Living Colour sempre foi reconhecido por romper barreiras sonoras. A banda ganhou projeção mundial após ser descoberta por Mick Jagger, que não apenas apresentou o grupo ao grande público como também os convidou para abrir shows do Rolling Stones, uma parceria que ajudou a impulsionar a carreira do quarteto em escala global.
Atualmente, o Living Colour é formado por Corey Glover (vocais), dono de uma interpretação poderosa e presença de palco marcante; Vernon Reid (guitarra), responsável por riffs intensos e solos inovadores; Will Calhoun (bateria), que alia técnica e criatividade rítmica; e Doug Wimbish (baixo), músico renomado que, além de sua longa trajetória com o Living Colour, construiu uma carreira respeitadíssima como baixista de estúdio e de turnês, colaborando com nomes como Rolling Stones, Madonna, Jeff Beck, Seal, Annie Lennox, Joe Satriani, entre muitos outros.
O quarteto conquistou reconhecimento mundial com o álbum de estreia “Vivid” (1988), que trouxe hinos como ‘Cult of Personality’ – vencedor do Grammy de Melhor Performance Hard Rock e até hoje um dos maiores clássicos do rock moderno. Em seguida, lançaram “Time’s Up” (1990), também premiado com Grammy, ampliando a sonoridade e a crítica social que sempre caracterizaram a banda. Trabalhos posteriores, como “Stain” (1993), “Collideøscope” (2003), “The Chair in the Doorway” (2009) e “Shade” (2017), consolidaram Living Colour como uma banda que vai muito além da nostalgia, mantendo-se relevante e em constante evolução.
Durante suas quatro décadas, o Living Colour firmou-se como um dos nomes mais ousados e originais do cenário mundial. Mais do que misturar estilos musicais, o grupo sempre foi pioneiro em provocar reflexões sociais, políticas e raciais por meio de suas letras, colocando em evidência temas que raramente ocupavam espaço no rock mainstream. Essa postura desafiadora transformou a banda não apenas em referência musical, mas também em símbolo de resistência e autenticidade.
Além da produção em estúdio, a banda também construiu uma reputação marcante ao vivo em razão intensidade das performances e da conexão genuína com o público.
Com a combinação de talento, atitude e coragem artística, o Living Colour transcende o rótulo de banda de rock para ocupar um espaço único na cultura contemporânea: o de artistas que, além de entreter, questionam, inspiram e transformam.


.jpeg)

Comentários
Postar um comentário